domingo, 7 de junho de 2009

Existir


Kierkegaard e Nietzche, dois grandes existencialistas, fizeram algumas reflexões no Século XIX, acerca do afastamento do homem com uma relação mais significativa com o mundo.
Kierkegaard dizia que falar do homem contemporâneo era falar de um ser alienado, anônimo, vivendo num universo sem significados, de um homem que está em desespero.
Estamos em pleno século XXI e ainda urge a necessidade de compreendermos em que ponto de nossa existência nos encontramos e que feixe de significados construimos em torno de nós e do mundo .Aliás, esta necessidade é pertinente para todas as épocas.
Em meados do século VI, Confúcio já chamava a atenção para o vazio existencial da época, que por sinal, nada difere de hoje, quando externou o seguinte pensamento: O que me surpreende na Humanidade são os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, perdem o presente, de tal forma que acabam nem vivendo o presente, nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer. Morrem como se nunca tivessem vivido.

Faz-se necessário reconstruir os sentidos da existência , através de uma resignificação. Pois, toda consciência é abertura para o mundo. Resignificar a vida pressupõe o lançar uma luz sobre as áreas escuras, às quais torna-se difícil vê-las se não a iluminarmos. Vida ou fluxograma? …o que estamos vivendo na verdade? Quando nascemos já nos expomos a intencionalidade de um "fluxograma": Temos que estudar, trabalhar, casar, ter filhos, morar numa boa casa, termos um bom carro, sermos bem sucedidos, etc, etc. Essa busca de segurança é ontológica, própria da existência. Porém, o que acontece quando falhamos, quando não atingimos o esperado e o planejado? Não adianta a segurança de afirmarmos que atingimos tudo o que planejamos na vida. É importante que saibamos qual é o sentido disto tudo para nós. “Quando lançamos luz sobre algo, iluminamos a escuridão” . É preciso termos a compreensão do nosso modo de ser no mundo, para termos uma afinação afetiva com o mundo que vivemos.
Heidegger, em seu livro Ser e tempo, aborda a abertura para o mundo como uma possibilidade do desvelar das coisas. Segundo o autor, existir é fazer a cada momento o que somos.

4 comentários:

  1. De que vale termos tudo de bom e melhor e nao valorizar o simples???
    o ser humano apega-se ao trivial... TV, net, restaurantes, etc...
    na verdade devia se apegar ao que os nossos avós ensinaram aos nossos pais... A FAMILIA.
    mas a vida anda depressa demais, nao temos tempo para os filhos, nao temos tempo para a mulher, preocupa-nos em subsistir...
    é triste mas é a verdade...
    o texto mostra uma realidade actual e futura
    beijos

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  2. Ai que pensamento existencialista lindo!!!!
    Te amo!!!!

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  3. ...Belas digressões. Reflexivas e pertinentes.
    Ler-te é sempre um prazer!!!
    Lindo também seu comentário que deixou lá no Olhar de Carpe Diem para Século XXI......
    A amorosidade para com sua mãe é sua amorosidade para com seus filhos e os que te cercam.... Obrigado pela carinhosa mensagem!!
    Que a Existência continue inundando-te.....

    Bjss!

    Hod.

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